resenha

[Sem Fio] Diálogos sobre a Série Napolitana – Elena Ferrante

Olá pessoal!

O texto de hoje é a primeira do projeto/parceria do Chá da Cinco com Literatura com o Biblioconto, da Olivia!  Sem Fio nasceu das nossas conversas sobre livros, e de tempos em tempos vamos postando o que a gente conseguir escrever sobre esses bate-papos! Nosso primeiro diálogo é sobre a tetralogia napolitana de Elena Ferrante, em que discutimos o quanto as vidas das pessoas se entrecruzam, podem ser semelhantes; as vicissitudes e dificuldades; os relacionamentos e suas problemáticas!

20/03
O: Aqui, se você estiver procurando um trem pra ler na sua viagem: leia Elena Ferrante. Estou obcecada.
L: Vou ler mesmo! Vi inclusive hoje na [livraria] Leitura vários dela. Mas qual exatamente você indica? Porque prefiro ler um bom que alguém já tenha lido do que arriscar.
O: Eu tô lendo a série napolitana. Ia ler devagar, mas terminei o primeiro e tive que emendar no segundo! Nossa, é uma história muito esquisita, mas boa. Dá raiva de todo mundo.
L: Nossa… vou ler! Mas dá raiva como? O mal vence no final?
O: Não teve final ainda! São 4 livros ao todo, estou no segundo. É que todos os personagens são horríveis. E é coisa real, não é fantasia nem nada, é história de vida. Nossa, muito bom. Por uma coincidência gigante Belísia me mandou mensagem agora justamente perguntando desse livro, vou passar pra ela. 
L: Nossa, que coincidência! Vou botar na lista!

17/04
L: Mas então, sobre o livro, gostei! Fui lendo sem parar, acordei 05h da manhã num dia aí e fiquei sem dormir, li metade do segundo livro já.
O: Que bom. A Belísia está lendo? Emprestei para ela.
L: Ela já leu o primeiro.
O: Ele é muito fluido. Ah ela leu! Gostou?
L: Ela achou mais ou menos, acha que não é daquele jeito.
O: Como assim?
L: E para mim, a vida é justamente daquele jeito, as pessoas as amizades, consegui ir identificando.
O: Sim, e a pobreza né? A violência… Lembrei de Quarto de Despejo [da Carolina Maria de Jesus].
L: Da para enxergar Nápoles. Estou no segundo mas achando a Lila chata, eu entendo ela competir. Coitada, sem nenhuma oportunidade e a outra com oportunidade e não quer… Ou seja, a vida… Aqueles que têm invejam as qualidades dos outros que não têm. E o dinheiro como forma de sair dessa vida…
O: Isso…Eu vou e volto com a Lila. Tem horas que tenho pena, mas ela faz umas coisas… Mas a Lenu também…
L: Quando ela ia sempre na frente correndo para ler e ensinar a outra, estava óbvio que ela fazia de propósito, mas quando a Lenu lê os cadernos só confirma né… Me deu fadiga dela [da Lila], mas ao mesmo tempo é isso, coitada, família super pobre, sem perspectiva, e ela tentando se virar. E compreensível…. Aquela história, ninguém é cem por cento mal, nem bom.
O: E como a família usou ela, naquele casamento…fui ficando com ódio do Rino.
L: Isso! Até onde li ainda não sei, mas achei que o Marcelo gosta mesmo dela, porque quando teve o lance violento entre os dois [cena do bracelete da Lenu] pensei “ixi, isso vai do ódio ao amor”. Aí agora ela está voltando a falar com ele, mas acho que para encher o saco do Stefano.
O: Ah sim…Mas as vidas dessas pessoas ainda vão mudar demais.
L: Não me conte.
O: Você está em que parte do segundo?
L: Ela perdeu a aposta com a Lenu sobre a foto dela na loja de sapato. Mas aqui, eu gosto do Nino, Belísia detesta ele! Eu gosto dele e quando ela fala “esse é o tipo de pessoa que eu queria passar meus dias conversando”, pensei que o pior é que a gente pensa isso mesmo.
O: Eu ODEIO o Nino. Esquerdomacho.
L: Ele é faficheiro de Nápoles! Hahahahah! Mas se não aparecer algum outro, poderia ser ele. Ou o que todo mundo fala que é gay, que falou que casaria com ela…o Alfonso.
O: A Lenu também é super egoísta, não presta atenção. As pessoas querendo falar ao redor dela e ela nem tchum.
L: Sim, ela tem obsessão com a amiga, coitada. Não vive a própria vida. Ok que eles ainda são adolescentes, mas isso muda quando a gente fica velha… Ela só tem 17 anos.
O: Isso, na hora que ela fica obcecada com os sapatos, ou! É doentio.
L: Pois é, ao mesmo tempo é triste porque isso é real, tem amizades assim mesmo… A pessoa quer viver a vida da outra.
O: Acho que não nesse grau, será?
L: Quando jovens? Total.
O: É, jovens pode ser. Eu comecei odiando todo mundo no livro, mas depois fui me vendo em algumas coisas também, inclusive na Lenu.
L: Por isso acho totalmente possível esses apegos, essas coisas passionais entre amigos. O problema é quando a pessoa cresce, não amadurece e continua assim.
O: Eu acho que em algum grau acontece o que tem nesses livros, mas reduzido.
L: Entendi! O terceiro eu leio quando voltar para casa.
O: Ah tá, são livros muito fluidos. Não acontece muita coisa mas acontece tudo!

02/05
L: Você está aí? Estou aqui no ônibus indo para Campinas, terminando o terceiro livro. Estou devorando, muito bom o livro ser a vida deles todos! Me lembra um filme italiano de quase três horas que é isso, mostra a vida deles todos, desde jovens até velhotos. Passam pelos ataques dos antifascistas, enchente em Florença, um era super liberal virou um fascistão, está me lembrando muito, é o “La meglio gioventù / The best of Youth”, até cheguei a pegar a trilha sonora.
O: Então, o terceiro é muito a saga de quase toda mulher da esquerda acadêmica, né? É impressionante como são discussões que a gente vê neste momento. E o Nino MEGA esquerdomacho, gente! Eu também achei legal demais essa história ser a história do grupo todo. Meu coração sente pelo Pasquale.
L: Achei bom o terceiro livro, eles tão jovens e já tendo filhos… Nino é o mais ultra esquerdomacho, nossa! Folgado!
O: Já comecei o quarto livro.
L: Não me conte.
O: Hahahaha! Vou contar não!
L: Eu não li os livros, eu os engoli, nossa! Assim, eu gostava mais da Lila, agora estou meio de saco cheio, competição o resto da vida… Cresçam, meninas! A Lenu também, carente sempre querendo reconhecimento de todo mundo. Acho legal essa coisa de ela sair do bairro, mas isso nunca sair da vida dela, porque não tem jeito mesmo, é parte da história.
O: Isso. Nem dá para saber o quanto da Lila é isso mesmo e o quanto não é a Lenu.
L: Agora, fiquei com ódio dela abandonar as meninas por causa do Nino.
O: Sim, ela é egoísta demais, só pensa em si mesma!
L: Que nem quando ela vai visitar a professora Galiani e a Lila diz que Lenu tem vergonha dela mas em tom de brincadeira. Aquelas brincandeiras que no fundo a pessoa pensou isso mesmo…é complicado! Mas eu acho que o livro é bom por isso, é real.
O: Pois é, o que ela fala do mundo intelectual mesmo e como ela age. É bem isso, usar as palavras certas, seguir a cartilha. E não importa o que você pensa de verdade, se você tem dúvidas.
L: Nossa! Igual o Nino sempre competindo com ela. Agora, o que você falou do Pasquale, acho que em outro tempo eu também ia ficar assim, mas estou tão impregnada dessa coisa do esquerdomacho que estou com fadiga dele e mais ainda da namorada dele, que eu também fiquei com dó, mas não tenho paciência.
O: Eu fico com dó porque acho ele muito usado. Nessas lutas da esquerda que ela relata, ele é o único trabalhador mesmo, o cara que vem de baixo. O resto é intelectual, filhos de gente bem de vida… E quem sobra é o Pasquale.
L: Isso. E o Enzo também, coitado. Mas a Lenu, não, também veio de família pobre e enfim, com os esforços e sofrimento ela saiu. Não é todo mundo! Eu gosto do Enzo por isso, ele continuou estudando sozinho, naquela vida horrível e ainda sim, ele conseguiu.
O: A Lenu vive com medo de que reconheçam nela a origem, e vira e mexe usam isso contra ela mesmo. Também gosto do Enzo.
L: E o Marcelo com a irmã da Lenu? Eu até gostava dele, mas nossa…Ainda tem a história do estupro, né. Quando eles são jovenzinhos e puxam a menina para dentro do carro, acho que foi a Gigliola. São uns nojentos, não tem jeito… Acho que a Lila vai ceder em algum momento.
O: Acho que é aquele negocio né, da mulher se sentir na obrigação…
L: A violência ali tão normal. Quando a Lila apanha do Stefano, as outras mulheres tipo “é assim mesmo, você se acostuma”.
O: Nossa, nessa época do casamento dela com o Stefano me deu ódio… e do Rino também, culpando ela de tudo, depois de tê-la usado tanto.
L: Nossa, família horrivel! E o Franco? Era outro esquerdomacho na vida da Lenu né? Aquilo ali ficou tão humanas…
O: Fico pensando se naquela época era possível não ser esquerdomacho, mas apenas variar o grau. O Franco a pegou para moldá-la né, mas ele também era jovem ali.
L: Exato. No pior cenário, que bom que foi ele, poderia ter sido um abusador, uma coisa pior.
O: E o Pietro?
L: Estou com raiva dele. Primeiro eu tinha dó, mas agora raiva.
O: Acho muito legal quando a Lenu fala de como ele bateu nela, porque ele bate e aí se dá conta, do tipo não adianta você ter estudado, família tradicional, esquerda, na oportunidade vai usar da violência.
L: Isso! E depois a filha dela imitando isso né? É tenso ela se dando conta de como o ciclo continua…E assim, o argumento “olha o que você me fez fazer?”! Ainda hoje se ouve isso. E o sexo? Minha nossa, pela descrição me pareceu que estavam enfiando um cabo de vassoura nela, horrendo! E acho que ele também rivaliza com ela, na coisa de ser intelectual.
O: Até onde entendi, ela só sentiu prazer com o Nino… E acho que ela é obcecada pelo Nino.
L: É, tanto que desculpa ele em um monte de coisas. Mas acho que vai se cansar dela, como se cansa de todas…Eu imagino ele lindo! Hahahhaahah!
O: Hahahahahah! Eu nem consigo imaginar ele lindo, apesar da Lenu falar isso.
L: Ele me parece o XXX [nome omitido pra preservar ozôto], fisicamente ele é o Nino para mim.
O: O Pasquale eu imagino como o ator de uma série que eu assisto, não é bonito, mas gente boa demais. É um personagem de Lark Rise to Candleford. Um cara do campo sabe, simples… O cara é feio, mas eu imagino o Pasquale bonito… Eu não sei, eu curto o Pasquale.
L: Coitado, vida duríssima. Falando nisso, e aquele emprego da Lila na fabrica de salsicha? Que coisa medonha! Imagina os abusos que os operários não sofriam (e sofrem)… Tudo muito duro, animalizado, nossa! E o irmão do Nino? Casado, e o Michelle quem engravida a esposa dele… Imagina, homossexual ali, naquele bairro?
O: Ou, e ele tentou contar varias vezes para Lenu, e ela super egoísta, preocupada consigo mesma. Aqui, Lila e Enzo: você acha que um dia ela vai sentir prazer? Porque até agora ela só foi estuprada, constantemente. Deve ser um trauma gigante
L: Com o Nino ela disse que se entregava de verdade, não foi não?
O: Mas que não sentia prazer, sentia?
L: Agora não lembro
O: O Nino que disse isso né, ele contou para Lenu.

14/05
O: Terminei, tô triste
L: Triste por que acabou ou do jeito que acabou ?
O: Triste porque acabou e porque a história é muito triste. Eu fiquei meio mal mesmo. Pensando na vida, sabe. As filhas rindo das coisas que ela escreveu, a gente faz isso ao pegar coisas de outro tempo. E essa variedade de lutas de esquerda, o fracasso…aquilo do Guido Airota quase que copiei. Que não dá pra mudar de pouquinho em pouquinho sem entrar no jogo e reforçar aquilo contra o que se luta. E me deu uma dó enorme da Lila… Que vida horrível!
L: Verdade! Na verdade os livros são o século XX pela perspectiva do gueto, da infância… Isso que achei legal! Como que trilhou tudo, tanto numa “história geral” mas isso na intimidade dos personagens. A Belísia acha que a Lila tinha medo de se afastar do bairro e de fato, ficou presa porque quando quis sair, não deixaram ela ir em frente, mas depois ela se conformou. E o Nino? Um resumo dos homens. Do que é ser um homem e a sociedade te desculpando o tempo todo.
O: Exatamente. Tem tudo no livro. Por isso é tão difícil falar dele! Odeio o Nino. Acho que a Lila no final das contas tinha medo, era a única coisa que ela conhecia. Eu acho que ela devia ser mesmo genial. Por um momento fiquei pensando se não era exagero da Lenu narrando.
L: Eu não sei, acho que ela tinha muito potencial, mas pra mim contrastava pela ruindade. O que ela fez com o Alfonso, nossa, imperdoável! Levou o Michelle a pegar o cara porque parecia com ela! Só que assim, um não era homossexual e o outro, era.
O: Mas você acha que foi ruindade?
L: Tadinho morri de dó. Acho que ela usava as pessoas mesmo.
O: Acho que por amargor.
L: Por isso acho ruindade… “Está tão ruim, mas vou aqui manipulando todo mundo”. Questão de sobrevivência também, coitada, tinha que ser durona naquele lixo. Mas ele eu fiquei comovida, coitado!
O: Pois é. É que eu acho que ela queria mudar o bairro, mas completamente sozinha não dava conta. E por isso ia usando os outros para o que ela não conseguia. Fiquei com muita dó do Alfonso também. Vida ruim mesmo.
L: Ou, quando Lenu era amante fiquei pensando que quando a gente envelhece isso parece menos grave (o horror, né?). Eu mesma fiquei pensando, “nossa, isso é tão comum, acontece tanto!”. Lembrei do livro da Chiziane. [Trata-se do livro “Niketche”, da Paulina Chiziane] Aí acho que a menina sumir justamente quando ela estava conversando com o Nino foi o pior. Não sei se ela superou ele mesmo.
O: Nem ele, ela.
L: As filhas da Lenu eu entendo um pouco o desprezo, porque ela largou as meninas muitas vezes, e por causa dele, do Nino, tipo “Quando sentia que podia viver sem elas eu ligava”.
O: Lenu também teve uma vida ruim, eu acho, no geral. Eu teria ódio da Lenu mesmo.
L: Pois é, a gente vê pelo lado filha e super entende!
O: Porque poxa, era ela sozinha, queria fazer as coisas dela.
L: Exato! Aquela coisa de ter filhos você acaba sendo só mãe e nada mais. A vida dela foi horrível mas ela conseguiu aproveitar e teve gente ajudando…a Lila seria brilhante também talvez, não se sabe! Ela não tinha a cabeça boa também não, desmarginando sempre. Nos primeiros livros eu tinha muita raiva da Lila, nessa de ficar competindo, aos dezesseis quando ela era centro das atenções e também não estava nem aí!
O: Mas todo mundo no livro fala que a Lenu é conciliadora, que ela aceita as coisas
L: Até a própria mãe, quando tem o aniversário da mãe dos Solara, o Michelle resolve falar da Lila, a mãe da Lenu olha pra ela tipo “você tem que revidar” e aí a Elisa mostra o livro dela em alemão, eu fiquei pensando “isso mesmo, mostra pra eles!”
O: Nossa, nem estava lembrando disso, mas parece que a Lenu faz as coisas na calada, escrever lá o ultimo livro “Uma amizade”. Ela sabia que era algo que iria quebrar de alguma forma a amizade dela com a Lila. Ela não enfrenta, mas também cutuca do jeito dela.
L: Isso! Mas achei legal ela ter escrito o livro, tipo para fechar tudo. Não sei se a Lila achou ruim mesmo, tanto que devolveu as bonecas, tipo “elas sempre estiveram comigo”, vai saber como ela recuperou. Inclusive que sera que aconteceu com ela no final?
O: Pois é, fica cheio de pontas. Você acha que a teoria dela sobre o rapto faz sentido? Bom, na verdade não é esse o ponto, mas ainda sim…
L: Assim, acho que ela foi levada mesmo mas pode ser qualquer um, não tinha mais nada a ver os Solara fazerem isso, mas acho que o Pascale que matou eles sim!
O: Sim, também não acredito que tenham sido os Solara, também acho. E fiquei com dó do Pascale até o fim!
L: Aquele romance dele com a Nadia é a típica relação da burguesia que sofre porque tem tudo e aí quer ser do proletariado, mas quando aperta, aproveita dos mesmo privilégios!
O: Nossa, eu fiquei com um ódio enorme dessa Nadia. Justamente! Acho que o livro é muito sobre isso, você não sai das suas origens totalmente.
L: Não mesmo, depois seus filhos também não. Mesmo as meninas morando em outros lugares, conseguiam ser vulgares como qualquer outro ali. E que soco no estômago pra Dedé coitada, golpe da própria irmã, fiquei com dó!
O: Elas eram estranhas, porque se achavam mesmo melhores que as pessoas no entorno, história da Lenu e Lila tudo de novo.
L: Isso! Mas tem uma coisa no livro que às vezes aprofundava demais que eu pensava “será que isso importa a pessoas que não são das Humanas?” E aí ao mesmo tempo pensava “mas tem que importar a todo mundo”, tipo as discussões sobre feminismo, a mulher sendo construída pelo homem, enfim. Aí depois teve a história de Nápoles mesmo, dos carbonários…tinha coisa que eu achava que ficava específica demais e outras não.
O: Acho que revela de onde a autora escreve, sua formação, mas acho que faz parte da história que ela está contando e faz todo sentido… Sobre isso da formação, aliás, parece um romance de formação que não se limita aos anos da juventude, como normalmente costuma ser.
L: Amén por isso!
O: Isso também é muito legal. Porque a gente muda radicalmente de visão mesmo depois da juventude. Ela refletindo lá no final sobre as coisas que ela acreditava, eu amei isso!
L: Nossa, verdade!! O Nino mostra isso, ele virou o que ele criticava! A gente às vezes também.
O: Pois é, várias gentes, né, Vargas llosa, FHC, na política isso acontece muito
L: Nossa, lista infinita!
O: Pensei que naquele furacão lá ela ia até falar do Berlusconi
L: Pois é, até das Torres Gêmeas…
O: Mas já deixou o caminho….
L: E achei legal ela falando “nos países em que você ainda consegue encontrar algum conforto, a violência chegou também.” Enfim, o que estamos vendo aí hoje, fazem guerra nos países dos outros e agora a guerra está no quintal deles.
O: Essa fala é muito Lila, tipo “vocês caçaram, to me lixando” Hahahaa
L: Hahahaha
O: Enfim, gostei demais, aposto que em Napoles já deve ter um tour Elena Ferrante
L: Hahahahhahah, os jardinzinhos, a biblioteca…
O: Estradão, tunel….
L: Hahahhaha muito bom! Peguei o outro livro dela….Ow, você topa fazer a resenha desse livro? Resenha à quatro mãos, mas na verdade vai ser essa conversa aqui que a gente acabou de ter!
O: . áudio ou escrita?
L: Na verdade não li nenhuma resenha porque não queria saber nada do livro antes de começar a ler.
O: Eu vi videos sobre, mas era sobre o primeiro, e não dizia muito na verdade. Por isso que te falei, é dificil falar desse livro porque é muita coisa. Vamos tentar, ver no que dá….

 

3 Comentários

  • Izabela

    Adorei a tetralogia..bom ver os fatos históricos misturados ao drama pessoal de cada um. Em alguns momentos me cansei de alguns personagens pela teimosia nas escolhas como a obsessão da Lenu pelo Nino aff…mas na verdade é a vida como ela é.

    • Lívia Torquetti

      Pior que no começo até achei que o Nino ia ser o cara, nossa, era um bosta isso sim! a gente vê a violência na vida das pessoas né…elas não conseguem sair daquilo ali, mesmo se mudando, as pessoas não podem fugir de seu passado né? Devorei esses livros….ahahahah…li muito rapido pq era muita coisa acontencendo!

  • Leo V

    Vocês nunca pensaram que a Lila que deve ter matado os Solara, o Bruno e o filho do farmacêutico (gino acho o nome?

    Para mim a autora deixa isso no ar, ao menos como possibilidade. Tá certo que Nadia na cadeia diz que Pasquale que foi responsável pela morte de Gino e Bruno… Mas… e os Solara?

    A autora constroi Lila como alguém capa de matar, de realizar isso.

    Lembrem da história da frigideira com sangue.. que quem teria matado dom Achille teria sido uma mulher de acordo com Lila. A autora vai colocando na nossa cabeça que Lila.. bem… Lila…

    E a vez que adolescente ela ameaçou Michele com um canivete no epscoço quando este segurou ela.. ali a autora deixou explícito que ela seria capaz de realmente enfiar a faca nele, e todos sabiam disso.

    Mas se a autora deixasse explícita que Lila matou alguém tiraria um tanto do encanto da personagem.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *