#08 Persuasão
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Olá pessoal, mais um episódio da série bimestral de Jane Austen, com atraso mas chegou. O Chá teve uns contratempos na gravação, mas o oitavo episódio finalmente saiu – meio curtinho mas saiu! Discutimos “Persuasão” (1817), que nos permitiu abordar temas como preconceito entre as classe socias (novamente né), ascenção social, moda e vestuário.
Iniciamos nosso bate-papo, relacionando o livro com suas adaptações para o cinema e TV: a série de 1971 da BBC, outra série também da BBC de 1995 com Amanda Root e Ciarán Hinds no papel de Anne Elliot e Captain Wentworth respectivamente, e o filme de 2007 com Sally Hawkins e Rupert Penry-Jones. Comentamos sobre as variações entre as versões mas também sobre as representações das personagens.
Deixe seus comentários aqui pra gente. Sempre que acabamos de gravar, lembramos de algo mais que poderia ser dito, logo o tema sempre fica em aberto.
Podcast:
00:00:46 Apresentação
00:03:36 Persuasão, resumo do livro e as personagens
00:18:53 Adaptações cinematográficas
00:22:09 Moda e vestuário
00:33:43 Indicações de livros
00:35:07 Encerramento
Música da nossa trilha sonora:
Moonlight sonata – Beethoven
Livros citados:
- Persuading Annie (2001), de Melissa Nathan.
- Historia da moda (2009), de Carl Köhler.
Persuasion 1971 http://www.imdb.com/title/tt0066702/
Persuasion 1995 http://www.imdb.com/title/tt0114117/combined
Persuasion 2007 http://www.imdb.com/title/tt0844330/
6 Comentários
Jaci Lira
Descobri o podcast há pouco tempo e amo os episódios sobre as obras de Jane Austen, uma das minhas escritoras favoritas 💓
Muitos episódios do podcast são sobre livros que eu ainda não conhecia, e tô louca para lê-los para em seguida ouvir aos episódios.
Lívia Torquetti
Oi Jaci, Jane Austen é nossa musa inspiradora também! Você tem algum livro preferido dela?
Obrigada pelo comentário!
Que bom que você curte o nosso podcast, pode sempre dar um feedback que estamos atentas!!
Beijo grande
Luciana Maria Braz Nogueira
Olá, descobri vocês somente agora, quando pesquisava os temas musicais de Persuasão. Vou fazer um breve relato de como começou minha relação com as histórias de Jane Austen. Quando eu tinha 11 anos, assisti a série da BBC Orgulho e Preconceito de 1980, que passou na televisão. Mas não me recordo em qual emissora, dever ter sido na Record, só sei que o ultimo episódio eles não passaram, imaginem a minha frustração. Mas dali fiquei sabendo que a série era de um livro da escritora inglesa Jane Austen. Apesar de saber o final, fiquei tentando nos últimos anos achar pela Internet. Olha que passaram anos, na verdade 37 longos anos até eu achar a serie no canal Romances de Época. Logo, no mesmo canal descobri os filmes Persuasão, e assiti as versões de 1995 e 2007. Dei uma olhada rápida na versão de 1971, e apesar de achar que provavelmente foi a mais fiel ao livro, ela tem uma dinâmica bem diferente, e concordo com os comentários de vocês. Ah! Esqueci de dizer que eu precisava adquirir o livro, pra poder fazer as minhas comparações, e assim, sem saber qual edição comprar, achei na biblioteca da minha cidade um volume maravilhoso, com três livros da Jane Austen, Razão e Sensibilidade, Orgulho e Preconceito e Persuasão. Li de trás pra frente, exatamente nessa ordem. Quer dizer, ainda não terminei Razão e Sensibilidade, que vou terminar com o exemplar idêntico ao da biblioteca (que eu precisei devolver) que eu achei pelo site enjoei.com. Mas, voltando a Persuasão, adoro as duas versões. A de 1995 de fato é bem fiel, adoro os atores protagonistas, e como foi dito no comentario, acho a Anne dessa versão mais parecida com a persongem do livro, ela também foi mais feliz com o figurino rsssss. Só que falando a verdade eu amo um pouco mais a versão de 2007, assim como os atores protagonistas. Na versão 2007, eles fizeram uma Anne mais sentimental, que realmente sofre em silêncio por aquele amor. Quando ela recebe a carta do cunhado Charles falando do casamento, eu quase chorei com ela. A Sally Hawkins é maravilhosa, como sou fã dela então fica difícil não defender sua Anne. O Rupert não precisava nem falar, só o olhar dele já bastava. O que me deixou decepcionada, é que a personagem merecia um figurino de princesa no final e que depois de tantas desventuras os fãs mereciam ver um pouquinho mais do amor da Anne e do Capitão. No final do livro eles conversam e ficam mais tempo juntos, mas acho que isso é coisa da BBC, todos os filmes que tenho assitido feito por eles terminam assim, o final feliz é apenas segundos (modo de dizer). Aquela correria da Anne no final eu achei estranho quando assiti pela primeira vez, mas depois eu entendi que eles quiseram que a personagem não perdesse mais tempo, e fosse atrás de seu amor, (Já que no livro ficou claro pelo menos para mim, que se o Capitão não abaixasse a bola e resolvesse escrever pra ela, talvez eles nem ficassem juntos, porque a Anne mesmo, não fez nada pra ficar com ele, sempre contida o que talvez era o que se esperava para de uma moça de princípios, por isso a versão de 2007 inovou naquela correria o que talvez uma moça nunca fizesse naquela época). Bem, estou perdendo a conta de quantas vezes eu tenho assistido as duas versões. É isso ai. Desculpem o longo texto. Um grande abraço!
Lívia Torquetti
Oi Luciana, seja bem vinda ao podcast! Quando mais amantes de JA melhor ahahahah
E acho que sempre vale a pena dar uma olhada em todas as versões, porque tem muita coisa própria do tempo do filme né? Concordo com você, o final feliz é curto hahahaha o Orgulho & Preconceito também senti isso, eles ficam juntos e fim! Acho a Anne muito sofrida coitada, ela era muito jovem, muito influenciável, não fez por mal…acho que a genialidade da JA está justamente aí, perceber essas nuances das relações e tudo mais!
Obrigada pelo seu comentário!
Abraço,
Lívia.
Sara
Escrevendo esse comentário enquanto escuto, está tão boa a conversa que vocês estão tendo que dá vontade de repetir umas 10 vezes seguidas e decorar falas importantes.
Uma grande pergunta que eu tenho é qual a opinião de vcs diante da nova produção da Netflix desse ano mesmo, a muitos que gostam e a muitos que odeiam(ainda não tenho uma opinião formada) gostaria de saber a respeito.
Lívia Torquetti
Oi Sara, obrigada pelo comentário!
De fato, eu estou no time que achou ruim a adaptação pq a Anne é uma personagem que quando jovem era esse perfil de pessoa, facilmente “persuadida”, tanto que abre mão do capitão!…Fizeram ela empoderada desde sempre, e acho que esse é o erro. JAne Austen escreveu sobre todos os perfis femininos, de empoderadas temos, por exemplo, a Liz Bennet, a Emma, que por não precisar casar era muito liberta, sabe? Então acho que ao tentar exaltar o feminino, eles acabam também apagando o feminino, não sei se me fiz entender…achar que toda mulher é amazona, lutadora, já é apagamento pra mim, eu não gosto, acho que a beleza da Jane Austen é isso, ela apresenta “tipos” de personagens e você consegue perceber as nuances de cada uma…Gosto desse livro porque fala da juventude, de como a pessoa foi construindo o que ela se tornour, e a vida é isso né? Erros e acertos!
Abraço