#57: O pagador de promessas de Dias Gomes
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Olá pessoal, no episódio de agosto conversamos sobre “O pagador de promessas” (1959) de Dias Gomes. A partir dessa peça de teatro, falamos sobre a questão religiosa no Brasil, permeada pelo preconceito religioso; sobre a permanente e problemática questão agrária brasileira, assim como os aparatos de repressão do Estado.
Por fim, falamos sobre a adaptação da obra.
Livros citados:
- O berço do herói (1965), de Dias Gomes
- Gota d’água (1975), de Chico Buarque e Paulo Pontes
- O santo inquérito (1966), de Dias Gomes
- Morte e vida Severina (1955), de João Cabral de Melo Neto
Música da nossa trilha sonora:
- A deusa dos orixás – Clara Nunes, Álbum Claridade, 1975.
Deixe seus comentários aqui pra gente. Sempre que acabamos de gravar, lembramos de algo mais que poderia ser dito, logo o tema sempre fica em aberto.
Podcast:
00:00:35 Apresentação
00:05:40 Sobre o livro e a atualidade das críticas
00:52:25 Indicações
00:57:15 Encerramento
O pagador de promessas (1962) https://www.imdb.com/title/tt0056322/
Morte e vida Severina (1977) https://www.imdb.com/title/tt0201784/
4 Comentários
Luís Fernando
Muito bom ouvi-los falando sobre esse filme! É curioso que o filme foi dirigido pelo Anselmo Duarte, que era um ator galã de chanchadas. O pessoal do Cinema Novo tinha certa antipatia desse filme, achavam que era uma produção “oportunista”, se aproveitando da miséria do Brasil para sensibilizar o público estrangeiro.
Na década de 1980, a Globo fez uma minissérie com o José Mayer como protagonista.
Abraços!
Lívia Torquetti
Opa, caro Louis!!! Sabe que a gente até tentou achar a minissérie com o galã feio José Mayer? Mas impossível pelas vias ilegais hahahaha ai abandonamos a ideia de analisá-la tb! Eu adorei essa obra do Dias Gomes, achei muito boa mesmo! Mas acho que a ideia de “uma” Bahia deve ter ficado pra história com esse filme mesmo pq é tudo junto e misturado ali para mostrar mesmo, me parece…
Camylla Galante
Meninos, gostei muito do podcast sobre o Pagador de Promessas. O Dias Gomes foi meu objeto de estudo por muitos anos na IC. Mas me incomodou um pouco os comentários sobre o texto, sem levar em conta as particularidades do gênero dramático. O texto dramatúrgico é escrito para ser encenado. Os “comentários” do autor são as rubricas, nas quais são construídos os cenários, as personagens, onde estão as indicações de cena.
A construção do cenário nas rubricas é quase uma metonímia, eles representam um espaço. Obviamente no filme será diferente, será mais amplo, são linguagens diferentes.
Essa peça é sensacional! Além de todos os temas discutidos por vocês, a simbologia usada pelo autor também é muito significativa. Talvez o Dias Gomes não concordasse com a leitura simbólica da escadaria, da cruz etc., Hehe, mas os símbolos completam muito o sentido da obra.
Coloquem mais peças no podcast! O gênero dramático é muito o patinho feio da literatura hehehe.
Lívia Torquetti
Oi Camylla, muito obrigada pelo seu comentário!
A gente tentou não mostrar nossa ignorância quanto ao tipo do texto, como você bem apontou, um texto feito para ser encenado! Comentários como os seus são de grande valia pois nos ajudam a melhorar…não quisemos desmerecer o texto, pelo contrário, eu amei e fui ler mais peças dele por causa do pagador de promessas! Peço desculpa se pareceu que foi essa nossa intenção…
Quando vc fala sobre a simbologia tem tantas outras coisas que poderiam ser discutidas ali, mas como historiadores, acho que nossa análise acaba ficando mais pendente para a história mesmo hehehe
Eu queria muito trabalhar mais peças no podcast, confesso que fico na dependência de convidados que se disponibilizem a falar sobre…não sei como é sua relação com a mídia podcast em geral, mas se topar participar de algum episódio, pode ser uma oportunidade legal! (se topar entra em contato pelo nosso email chadascincocomliteratura@gmail.com